TI para o mercado financeiro: confira 5 tendências de blockchain

Rogério Marques

18 janeiro 2019 - 08:30 | Atualizado em 14 julho 2023 - 17:37

Ao lado de outras tecnologias disruptivas, como a inteligência artificial e o machine learning, o blockchain vem crescendo e ganhando força em vários segmentos. Quando se fala em tecnologia para o mercado financeiro, essas ferramentas emergentes aparecem como facilitadoras e impulsionadoras da transformação digital.

Contudo, as opiniões dos interessados no tema ainda divergem muito. Quando falamos do bitcoin, a moeda digital utilizadora do blockchain, existem muitos investidores preocupados em “manter o pé no chão” e reconsiderar a situação.

De todo modo, o fato é que a TI para as finanças está avançando rápido e as perspectivas são mais do que positivas. Segundo artigo da Outlook, o market share dos investimentos na cadeia de blocos devem chegar a mais de 160 bilhões de dólares até o ano de 2029. 

Para aproveitar esse cenário tão promissor, é preciso manter-se atualizado acerca das constantes mudanças que essa tecnologia sofre. Pensando nisso, trouxemos 5 tendências do blockchain que podem impactar o mercado financeiro, e que você precisa saber caso queira colher os frutos da mudança. Acompanhe o artigo!

 

representação gráfica de blockchain

1. Evolução da escalabilidade e performance

Embora exista uma alta expectativa em relação ao bitcoin, o resultado mais célebre da cadeia de blocos, é preciso lembrar que as próprias plataformas e tecnologias subjacentes ainda estão em fase de desenvolvimento.

Um blockchain público, por exemplo, tem capacidade de processar de 15 a 20 transações por segundo. Apesar de já ser um número alto, sabemos que eventos financeiros, como empréstimos, transferências e movimentações, ocorrem em quantidades mais elevadas do que isso. 

Para suportar o alto volume de transações que o segmento monetário exige, somente avanços em escalabilidade e performance podem ajudar. Essa solução já está sendo vista pelo mercado, e é por essa razão que torna-se uma tendência tão forte.

Quando nos referimos à performance, queremos dizer que o sistema que estiver encarregado de processar os dados deve fazê-lo de maneira segura, eficaz e ágil. Sejam informações sobre ativos, passivos, ou o que quer que diga respeito a um balanço patrimonial, elas precisam ser entregues com precisão e velocidade.

Já a escalabilidade, que envolve um teste de desempenho, é o principal obstáculo que a plataforma precisa superar. Os desenvolvedores precisam criar aplicativos que resolvem desafios de negócios do mundo real, com as inúmeras variáveis que a área de business possui.

2. Mais sinergia com a Internet das Coisas (IoT)

A Internet das Coisas (IoT), ou seja, a conexão compartilhada virtual entre objetos do dia a dia, torna-se uma realidade cada vez mais presente. Segundo matéria do Poder 360, publicada em outubro de 2022, mais de 12 bilhões de aparelhos ativos tiveram ligação com a Internet das coisas no ano de 2021.

Em um ritmo constante de crescimento, a IoT já busca outras ferramentas para dar suporte ao seu serviço, e a tecnologia blockchain aparece como uma possível facilitadora. Com alta segurança da informação e automatização da troca de dados, a plataforma tem potencial de melhorar o serviço e impulsionar as vendas. 

No contexto de objetos cotidianos, como máquinas, carros, escovas de dentes e afins, a transmissão de dados deve não somente ser rápida, como também precisa. Nesse sentido, a rede de informação por blocos pode ser de grande ajuda, sendo um ótimo tópico para se manter atualizado nos próximos períodos.

 

Homem segurando celular exibindo símbolo da Internet das Coisas (IoT)

3. A segurança e o blockchain

Todos sabemos como as discussões sobre segurança de dados e informações estão aquecidas. Acima, comentamos como as aplicações da rede de blocos devem evoluir para proteger melhor os dados das empresas. 

No entanto, as corporações não são as únicas nas jogadas. Os indivíduos têm cada vez mais ímpeto por saberem que têm suas informações protegidas, assim como sua privacidade. Seja fazendo um PIX, transferência, adquirindo um cartão novo ou o que quer que seja, as pessoas querem ser donas de si, e isso implica controlar quem sabe o que estão fazendo.

Nesse sentido, o blockchain pode oferecer a chance de restringir o número de pessoas que sabem das transações que uma pessoa física está fazendo, sendo a escolha de quem tem acesso a essa informação ou não, totalmente repassada ao indivíduo.

O já comentado bitcoin é definitivamente um dos primeiros a agregar esse tipo de valor à quem o usa, mas muitas tecnologias com aplicações semelhantes podem vir atreladas a esta onda, e por isso é importante manter-se atento.

4. Uso na gamificação

Expandindo um pouco a visão do mercado financeiro, é muito pertinente observar as mudanças que ocorrem na indústria dos games, além de como o blockchain já vem afetando a maneira como os jogos funcionam.

Atualmente, as startups de jogos já estão usando tokens criptográficos, NFTs e lançando vários serviços relacionados a videogames baseados nessa tecnologia. A exemplo da Bountie, de Cingapura, que trabalha na construção de uma plataforma que dará aos jogadores recompensas, ​​em formato de criptomoedas, pelo tempo que gastam focados nos games.

Jogos como o Bitcoin Solitaire, um jogo de cartas de pontos cumulativos, já permite que os usuários tenham como recompensa por seus pontos o bitcoin. Outros games que seguem na pegada RPG, como o Neon District, permitem a venda de itens do jogo por criptomoedas.

Esses sistemas de recompensa caracterizam uma transação financeira, e tem altas chances de se tornarem cada vez mais comuns, sendo um cenário bastante relevante para ficar de olho.


pessoa utilizando computador e sobreposição de símbolos de gamificação

5. A disrupção continua

Muitos líderes e profissionais consideram o blockchain e a criptomoeda conceitos intercambiáveis, e tendem a se manter distantes por conta da volatilidade do mercado. Porém, a falta de clareza sobre o tema não pode impedir o movimento de disrupção.

Para que a adoção da tecnologia aconteça, é essencial que primeiro seja feita uma disrupção mental. Ou seja, as diferenças entre o blockchain e a criptomoeda, bem como as possibilidades da plataforma fora das transações financeiras precisam estar claras. Somente assim os profissionais terão segurança para incorporar as ferramentas disruptivas em sua estratégia.

A tecnologia pode mudar e impulsionar a transformação digital de vários setores, sendo o setor bancário um dos mais significativos. Para as indústrias de transporte e cadeia de suprimentos, o uso da plataforma também é muito promissor.

Com isso, torna-se claro que investir em novas formas de lidar com o manejo de informações é essencial, e o blockchain parece estar na vanguarda da evolução dos sistemas de dados quando analisamos sob essa ótica.

E aí, gostou de saber as tendências do blockchain? Para saber mais sobre novidades no mundo do mercado financeiro, e como a tecnologia afeta esse segmento, acesse o blog de Cedro e confira!

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