Modelo Freemium: quando vale a pena adotá-lo?

Vitor Precioso

17 agosto 2016 - 18:28 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:35

Pessoa sentada no chão utilizando computador com celular e tablet em volta

Entre startups, a adoção do chamado modelo freemium tornou-se uma febre em lançamentos de novos produtos — muitas delas, por sinal, devem sua rentabilidade e o conhecimento mundial de suas marca ao sucesso da estratégia.

Este é o caso de empresas como os bancos de dados e armazenamento Evernote e Dropbox ou o aplicativo de mensagens Viber.

Neste post, explicaremos melhor o que é o modelo freemium e quando investir nele é vantajoso para o seu negócio. Confira:

O que é modelo Freemium?

Modelo freemium é uma estratégia na qual a empresa disponibiliza gratuitamente uma versão básica do produto, um aplicativo ou um programa, e passa a cobrar por versões mais sofisticadas dele ou por incrementos em seus serviços mais tarde.

Existem também empresas que disponibilizam o aplicativo ou programa sem custo por um determinado período de tempo depois do qual o usuário precisará assiná-lo para continuar usando.

A premissa desse modelo de negócios, que se adequou muito bem ao mercado web, é a de que, depois de ter contato com o aplicativo ou programa e incorporá-lo à vida cotidiana, o usuário vai preferir pagar pelo serviço a perder o acesso a ele.

O free de freemium é, na verdade, uma estratégia de marketing para popularizar o produto, aumentar seu conhecimento entre usuários e diminuir a resistência em relação a ele.

Embora tenha se revertido em estrondoso sucesso para algumas startups, o modelo freemium não é ideal para qualquer empresa de tecnologia. Se você trabalha com esse nicho e considera a possibilidade de adotar o modelo freemium para tentar alavancar seus negócios, tenha em mente os seguintes pontos de avaliação para descobrir se a estratégia valerá a pena para você.

1. Seu produto cria hábitos?

A lógica é parecida com a do vício. Quem fuma sabe que ficar sem o cigarro lhe trará mal-estar e por isso aceita gastar dinheiro comprando maços. Da mesma maneira, se o seu produto é capaz de alterar a rotina e criar o hábito do uso, ficar sem ele causará desconforto suficiente para levar o cliente à compra.

Imagine se o Facebook, por exemplo, decidisse cobrar para que os usuários mantivessem seus perfis e redes sociais. Muitas pessoas se sentiriam praticamente obrigadas a adquirir o serviço.

2. A experiência do usuário é automática?

Além de oferecer uma experiência agradável, com navegação intuitiva e eficiente, seu software precisa fazer tudo isso de maneira automática. Se o seu produto exige atendimento individual e manual, o modelo freemium não é financeiramente viável para você.

Oferecer a experiência de graça para os usuários custaria mais do que você poderia recuperar mais tarde, com as assinaturas. Tampouco é ideal como estratégia, já que o freemium pretende provocar um acesso massivo, um aumento de escala grande em pouco tempo, algo que um negócio não automático não pode oferecer.

3. Você mira milhões de compradores?

O tópico anterior necessariamente deságua nesse assunto: qual é o fôlego da sua empresa e do produto que pretende disseminar? Se você imagina ter centenas ou mesmo milhares de clientes, esqueça o modelo freemium. Pesquisas mostram que, nos melhores casos, para cada 10 usuários freemium, apenas um se torna pagante. Há casos que a proporção é de 100 para 1 ou até mais.

Logo, você precisa atingir um volume de milhões de pessoas para que consiga converter em clientes um pequeno percentual deles. E mais, o processo é demorado: certifique-se de que você tem capital suficiente para sustentar a estratégia sem quebrar.

Com essas perguntas em mente, você acha que o modelo freemium se encaixa aos seus negócios? Não deixe de considerar as vantagens e os riscos da estratégia antes de adotá-la e compartilhe conosco a sua impressão sobre as dicas desse post!

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