Quais são as gerações de hoje e como lidam com suas finanças

Leonardo Reis Vilela

17 fevereiro 2020 - 10:05 | Atualizado em 18 maio 2023 - 14:03

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Desde o início do século XX, tornou-se um hábito classificar gerações por épocas específicas e nomeá-las. Cada uma dessas gerações é marcada por experiências que alteraram não apenas sua visão de mundo e de vida, como também do dinheiro. 

Analisar os fatos históricos e determinados eventos que ocorreram ao longo dos anos ajuda a entender como as diferentes classes geracionais se comportam no setor financeiro, e como isso altera suas vidas na questão material.

Sejam os baby boomers, com seu comportamento mais conservador, ou os nascidos na geração Z, com sua fome por inovação, fato é que cada uma das gerações lida de maneira diferente com assuntos monetários.

Se quiser saber quais são essas gerações, o que marcou a vida de cada uma e como elas lidam com suas finanças, acompanhe o texto abaixo.

Como cada geração é definida

A divisão geracional é feita a partir de determinados acontecimentos ao longo da história, sejam eles Guerras, recessões econômicas ou até mesmo explosões de movimentos. 

Por consenso, existem quatro gerações principais: Os baby boomers, a X, a Y (Millennials) e a Z. Mais recentemente, vem sendo discutido uma nova geração: a Alfa. 

A seguir, confira os fatos relevantes acerca de cada uma delas, assim como as datas que englobam esses grupos.

Baby Boomers

Refere-se ao baby boom, a explosão do número de bebês nascidos após a Segunda Guerra Mundial, entre 1945 e 1964. São pessoas com idades entre 59 e 78 anos. 

Os membros dessa época viveram um Brasil que já sentia os impactos do desenvolvimentismo propagado por gestões governamentais passadas, mas que também vivenciava fortes crises financeiras, expressadas pela alta inflação da época. 

Geração X

É o grupo nascido entre 1965 e 1984, com idade entre 39 e 58 anos atualmente. Bastante semelhante aos Baby boomers, a geração Z sentiu grande parte dos efeitos citados na geração anterior. 

A diferença entre as duas consiste principalmente na maneira em como lidaram com o cenário em que estavam, mas falaremos mais sobre isso a seguir, na seção sobre comportamento financeiro.

Geração Y (Millennials)

Nascidos entre 1985 e 1999, têm entre 24 e 38 anos. São chamados também de Millennials pois já nasceram num mundo globalizado e integrado. 

Essa visão de “Aldeia Global” sensibilizou mais essa geração para pautas sociais, como também expandiu o escopo que essas pessoas tinham acerca de suas carreiras profissionais.

Leia também: Millennials: a geração digital que valoriza a experiência

Geração Z

São todos os nascidos de 2000 a 2009, com idades entre 14 e 23 anos. Esses indivíduos são marcados por uma demasiada imersão no mundo digital e na internet, o que os proporciona muito mais acesso a diferentes informações. 

A Pandemia do Covid-19 é a primeira grande crise dessa geração. Os efeitos da mesma ainda estão sendo estudados, mas é certo que intensificaram ainda mais a relação dessas pessoas com os meios tecnológicos.

Geração Alfa

Nascidos a partir de 2010, a primeira geração a ser considerada 100% digital. Os mais velhos têm somente 13 anos, o que ainda não os caracteriza como integrados no mercado de trabalho ou com relações monetárias. Assim como aqueles da Gen Z, viveram sua primeira grande crise com a Pandemia do Covid-19.

Comportamento financeiro de cada geração

Todos esses eventos citados acima foram extremamente relevantes para moldar a maneira como as gerações enxergam o dinheiro. A seguir, leia mais sobre essas diferentes visões.

Baby Boomers e Geração X

As pessoas nascidas até meados dos anos 80 formam duas gerações diferentes, mas possuem hábitos financeiros semelhantes. 

Ambas valorizam uma trajetória linear na vida profissional, com apenas algumas nuances. Os baby boomers têm maior estima por uma carreira dentro de uma única empresa (trajetória). Já aqueles da Gen X, têm um foco maior em um emprego estável (cargo).

A competitividade crescente do mercado de trabalho fez com que os da geração X buscassem um diploma formal de peso.

Ambos possuem um comportamento conservador, o que explica a valorização que dão a investimentos em ativos reais, como imobiliários, e à certa resistência que possuem a títulos públicos e títulos privados

Leia também: 6 dicas para ganhar mais nos seus investimentos

Geração Y (Millennials)

Os Millennials, devido à época em que nasceram, estão habituados ao uso das tecnologias modernas e preferem praticidade e agilidade.

Isso resulta numa resistência à ida a agências bancárias. A abertura de contas digitais é o que esses indivíduos preferem. Isso exige que os bancos criem sistemas integrados e intuitivos se quiserem atender a esse público.

Apesar de alcançarem cargos de menor expressividade, o que resulta numa menor arrecadação mensal, a Gen Y tem uma característica sobressalente em relação às anteriores: a capacidade de enfrentar mais riscos. 

A própria popularização do mercado de Venture Capital e da onda de empreendedorismo que o país vem passando é resultado dessa característica.

Geração Z 

Esta é a geração mais jovem no mercado de trabalho. Foram marcados pelo desenvolvimento tecnológico e pela crise global de 2008. Por isso, o acesso a empregos bem remunerados tornou-se mais difícil. 

Além disso, mudam de ideia com mais frequência, em função do grande acesso à informação por meio da internet.

Do ponto de vista financeiro, a geração Z é mais conservadora com o dinheiro. Eles estão mais focados em poupar dinheiro e, ao contrário da geração anterior, já não consideram fundamental ir às universidades para a vida profissional, deixando de investir nos financiamentos. 

Por isso, buscam serviços financeiros inovadores e disruptivos para lidar com seu dinheiro, fáceis de usar digitalmente e por canais omnichannel.

Além disso, se estiverem insatisfeitos com os serviços, não hesitam em mudar de banco. Buscam as menores taxas do mercado, priorizando as instituições que não cobram taxas. 

Isso está mudando a forma como o setor bancário atua, exigindo uma transformação digital para manter a competitividade. Além disso, para manter a segurança, terão que utilizar muitas tecnologias e abordagens vitais. Entre elas: 

  • Monitoramento proativo de ameaças na Internet, em redes sociais e em blogs; 
  • Tecnologias biométricas para autenticação multifatorial; 
  • Detecção e remoção de aplicativos falsos; 
  • SDKs (Software Development Kit), que integram a proteção antifraude com os aplicativos nativos dos bancos;
  • Monitoramento transparente de transações para descobrir atividades suspeitas em tempo real.

Leia também: Investimentos e Mercado de Ações

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Como você pôde perceber, os eventos ocasionados nas determinadas gerações alteraram a relação que os indivíduos pertencentes a elas têm com o dinheiro.

Apesar dos fatos históricos serem questões plausíveis para explicar o comportamento financeiro, o assunto não para por aí. Há muito mais por trás do mundo financeiro para ser estudado.

Se quiser aprender mais sobre comportamentos financeiros, mercado de ações, investimentos e muito mais, continue acompanhando o Blog da Cedro para não perder nada sobre os assuntos.

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