Cinco principais desafios do CIO de mercado financeiro

Rogério Marques

16 novembro 2017 - 17:41 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:45

Pessoas discutindo projetos em escritório

A economia digital está alterando o mundo de maneira contínua, modificando principalmente as responsabilidades da tecnologia da informação das instituições financeiras.

Em um mercado que costuma estar à frente na adoção de novas tecnologias – seja no backoffice ou em inovações na estrutura de relacionamento com os clientes – temas como transformação digital e segurança da informação, além de tendências como machine learning, blockchain, bots e experiência do usuário, entre outras, preocupam e, ao mesmo, tempo incentivam sua constante atualização.

Diante desse cenário, é possível notar a variação acelerada na agenda e nas atribuições do CIO (Chief Information Officer) desse mercado. E na Era da Transformação Tecnológica que atualmente se vivencia, um dos principais obstáculos enfrentados é o talento que esse gestor precisa ter na administração dessas mudanças.

Assim, é necessário que esse profissional saiba entender, em primeiro lugar, que a nova ordem que se desenvolve é um ponto de total atenção. A partir do momento que os modelos de gestão e negócio levam em consideração a adoção de tecnologias emergentes, será necessário seu domínio e também a capacidade de realizar planejamentos que envolvam um olhar à frente do tempo.  

Todo esse panorama faz pensar: quais são então os reais desafios de um CIO do mercado financeiro? Confira cinco temas que poderão redefinir o foco da carreira destes executivos.

1 – A evolução do papel e dos desafios do CIO

Responsável por gerenciar toda a área de TI de uma instituição financeira, seu papel só cresceu em importância nos últimos anos.

Muitas vezes ele era visto apenas como um técnico que não participava da estratégia do negócio. Como poucos CIOs eram promovidos a CEO, na teoria esse cargo era o máximo que esse profissional especializado poderia alcançar.

Mas, como dito acima, novos modelos de negócios disruptivos baseados em tecnologia são cada vez mais comuns. Sua importância está crescendo muito e hoje a TI já não é mais uma área de suporte, é essencial para a evolução do mercado financeiro.

O CIO não é apenas um zelador da tecnologia, mas sim um líder de transformação digital dentro do negócio. E por isso, precisa participar diretamente da sua estratégia.

2 – Pensar como um CEO

Mesmo que na teoria o CIO seja o líder da TI dentro da empresa, como dito acima, alguns apenas assumem a função de implantar as demandas tecnológicas, muitas vezes apenas operacionais. Executivos que possuem essa atitude correm o perigo de perder seu posto em pouco tempo.

Para se posicionar bem dentro da empresa e levá-la à transformação digital, o CIO precisa ter uma visão real do negócio em que está inserido. Para isso é imperativo conhecer as novas tecnologias citadas no início do texto e saber como elas impactam o negócio da instituição.

É não se acomodar, pensar sempre à frente e agir como um CEO de tecnologia, ter uma visão empreendedora, holística e estratégica da empresa.

3 – Alinhar TI e Negócios

Pensar de uma maneira digital, transformadora e compreender a redefinição de uma importância muito mais estratégica dentro das empresas é um dos desafios do novo CIO. Uma pesquisa realizada pela Society for Information Management (SIM) mostrou que essa característica já é uma grande preocupação.

O levantamento apontou que o alinhamento estratégico da TI com os negócios foi a principal prioridade dos entrevistados, sendo foco de cerca de 41% dos CIOs.

Esse executivo precisa focar na identificação de novas oportunidades de negócios que explorem a tecnologia como força principal, sendo sua responsabilidade ter uma postura de liderança digital que traga aos novos projetos um resultado sólido. Dessa maneira, irá convencer as demais áreas da empresa de que inovação é, sim, uma função da área de TI vital para longevidade das companhias.

4 – Atuar em cenários de segurança da informação mais complexos

De acordo com um estudo do Gartner, 25% do tráfego de dados das empresas em 2018 virá de dispositivos móveis diretamente para a nuvem das organizações, ignorando controles de segurança. O mesmo material mostrou que, em 2020, chegará a 60% a quantidade de empresas que sofrerão grandes perdas e falhas devido à incapacidade de gerenciamento de risco de segurança digital.

Os malwares WannaCry e Petya foram uma amostra do estrago que pode ser feito. A qualquer momento podem acontecer novos ataques complexos e as empresas precisam estar preparadas.

É do CIO a responsabilidade pela gestão do ambiente de segurança da informação das empresas. E, por mais que as organizações já estejam adotando medidas inovadoras que protejam a privacidade de dados, é necessário que este executivo conheça a fundo a importância de investimentos maciços e lute para que o assunto seja uma prioridade.  

5 – Reter talentos

Por mais que a economia brasileira esteja em retração e o índice de desemprego atinja marcas históricas, os CIOs encontram dificuldades de preencher algumas vagas. O desafio não é novo, mas conforme a tecnologia muda, o gap de habilidades está se ampliando.

Se as empresas têm maiores dificuldades em encontrar profissionais de TI com as habilidades de que necessitam, imagina perdê-los? É necessário que os executivos pensem em atitudes e políticas que mantenham sadio o ambiente de trabalho.

Mudanças na cultura organizacional, melhoria no engajamento de funcionários e investimentos no desenvolvimento de habilidades são algumas propostas para reter os talentos que a empresa precisa.

É preciso investir

Como realizar todas as funções de um CIO atual e ainda acumular a visão estratégica de um líder de TI do futuro? A resposta é simples: é preciso modernizar as velhas responsabilidades e, em vez de trabalhar em dobro, executar tudo de maneira mais inteligente e eficiente. E nessa jornada, organização e capacitação ajudam bastante.

A lição diária do CIO é olhar o negócio e saber qual inovação pode melhorar o processo, as pessoas, produtos e/ou serviços. Muitas vezes “inovar” deve ser apenas pensar fora da caixa.

Além de ficar de olho na evolução tecnológica e seu impacto no negócio, também é preciso investir na modernização da infraestrutura física da empresa e contar com um parceiro de tecnologia que entenda suas dores, necessidades e o auxilie no seu crescimento.

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