Agentes Autônomos de Investimentos transformam ideias em Fintechs

Bruno Zago

20 julho 2016 - 17:00 | Atualizado em 12 abril 2023 - 18:48

Pessoas tendo uma reunião analisando dados em um tablet

Agentes Autônomos de investimentos – AAIs

São os profissionais do mercado financeiro responsáveis pela captação, prospecção de clientes e de serviços para instituições financeiras, especialmente em corretoras. No Brasil há cerca de 3000 profissionais certificados atuando de maneira independente (pessoa física) ou em sociedade específica para este fim.

Atividades que realizam

O AAI, embora não possa realizar atividades de consultoria financeira ou de sugestão de investimentos, é responsável por auxiliar os clientes na abertura de contas, explicação sobre os produtos e serviços financeiros oferecidos pela instituição e assessorá-lo em todo o processo de investimento. Geralmente o agente autônomo participa de uma empresa ou sociedade com o intuito de representar alguma corretora, seja captando ou distribuindo serviços financeiros em sua região ou via internet em todo o território nacional.

Com o passar do tempo, cada vez mais os agentes autônomos estão adotando tecnologias para melhorar seu relacionamento com os clientes e a prestação de serviços.

Fintech: tecnologia como ferramenta de venda

Eles utilizam tecnologias providas por sua instituição como as plataformas de investimentos, home brokers, terminais de negociação, catálogo de produtos e simuladores de investimentos e, além disso, adotaram também tecnologias e aplicativos de terceiros como as ferramentas de vendas, serviços de dados, CRM, ERP, aplicativos de comunicação e de prestação de serviços como Facebook, WhatsApp e o MyPush.

Mesmo com tudo isto, o mercado financeiro possui pessoalidade. Isto significa que o agente autônomo pode se valer de estratégias e ferramentas específicas para desenvolver determinado nicho e perfil de cliente ou implementar serviços inovadores. Quando se agrega tecnologia, junto com estas ideias, podem ter ganho de escala e, por meio da internet, atingirem milhares de clientes.

Os profissionais da área de negócios, como os agentes autônomos, são em geral idealizadores e cheios de ideias inovadoras. Projetos que requerem tecnologia para serem implementados. Ideias que quando estruturadas podem originar novos negócios e novos serviços financeiros totalmente disruptivos.

Este movimento de novos serviços financeiros tem sido batizado de “Fintech” – que vem da junção de “financial” e “technology”.

– Leia também Fintechs, Open Banking e o impacto da tecnologia nos serviços financeiros.

As corretoras e instituições financeiras brasileiras estão ficando atentas ao movimento, permitindo que suas estruturas externas de negócios possam criar novos sistemas e aplicativos que sejam plugados às suas APIs (interfaces técnicas) da instituição. A instituição portanto se abre para receber novas startups, desenvolvedores externos e plataformas de terceiros. Este conceito, sob a ótica da instituição, é chamado de “Open Banking”.

A mudança já começou no mercado de capitais brasileiro

No mercado de capitais brasileiro já encontramos Fintechs bem sucedidas. A Toro Investimentos criou uma plataforma chamada Toro Radar que está integrada à XP Investimentos por meio da plataforma Anywhere Cedro Open Banking.

 

Você é um empreendedor ou empresário do setor financeiro? Converse com a gente sobre sua ideia e entenda como podemos ajudar a transformá-la na próxima Fintech de sucesso.

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